quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Gênero

"Quem nunca escutou que enfermeira deve ser abnegada, dedicada, auxiliar de médico, que apenas executa as tarefas do cuidar porque essa é uma responsabilidade nata das mulheres?
Para entendermos porque nos foi concedido esse estereótipo, precisamos enteder o que é gênero.
O sexo é uma categoria biológica insuficiente para explicar os papéis sociais atribuídos à mulher e ao homem, o "gênero" veio como uma categoria de análise das ciências sociais para questionar a suposta essencialidade da diferença dos sexos, a ideia de que as mulheres são passivas e frágeis; homens são ativos e fortes. Na perspectiva de gênero, essas características são produto de uma situação histórico-cultural e política. Portanto, não existe naturalmente o gênero feminino e masculino, o ser humano nasce sexualmente neutro, a sociedade é que constrói esses papéis.
Não é a natureza, mas a sociedade que impõe à mulher e ao homem certos comportamentos e certas normas diferentes. Assim, se desde pequena a mulher brinca de boneca e casinha, isso não se deve a um instinto materno, mas simplesmente a uma convenção social. Se os homens sentem-se na obrigação de trabalhar fora de casa para sustentar a família, enquanto as mulheres sentem necessidade de ficar junto aos filhos, nada disso é natural. São meros papéis, desempenhados por tradição, mas que poderiam perfeitamente ser trocados.
As características atribuídas aos homens sempre retratam um ser intelectual, pensante, forte e que domina a situação, capaz de resolver problemas. O homem é visto como provedor da subsistência familiar, que possui um turmo: o do trabalho. Quase sempre podemos encontrar uma maior oportunidade e acesso a recursos destinado a esse público, são eles que discutem e chegama uma conclusão, não choram, e são educados para isso, para serem fortes o tempo inteiro.
As características atribuídas às mulheres retratam um ser que apenas executa tarefas, que são exploradas em seu trabalho, cuja responsabilidade é cuidar de sua família, ser o centro de afeto e vista como desequilibrada emocionalmente, possuída para a procriação e atividades domésticas, objeto de dominação. Esta por sua vez tem mais do que um turno: trabalha, cuida dos filhos, da casa, e do marido, para ser vista como uma boa mulher deve ainda cuidar de si, manter a forma, saúde e atuação sexual sempre impecáveis.
Dessa forma, é simples ligarmos às profissões majoritariamente femininas salários baixo e desvalorizados, que exigem um "dom maternal", como professoras, enfermeiras, nutricionistas, faxineiras, psicólogas, fonoaudiólogas, entre outras tantas. Ainda, a partir desse contexto é possível explicar as razões por um homem sofrer preconceito ao escolher uma dessas profissões.
A melhoria dos salários femininos, a participação da mulher cada vez maior na classe trabalhadora e na política, uma nova construção de estrutura familiar, novas formas de ser mulher e homem, novos ideais e valores são pontos chaves para a mudança dessa cultura de gênero.
A busca pela igualdade entre mulheres e homens, cujas relações entre indivíduos possuam os mesmos direitos fundamentais, e definam sua dignidade, uma oportunidade igual de acesso a recursos e distribuição de responsabilidades pode iniciar aqui, na nossa Universidade.
Você já teve a curiosidade de colocar a palavra ENFERMEIRA ou ENFERMEIRO na busca por imagens do site de busca mais acessado do mundo, o Google? Faça isso e veja como as imagens são distorcidas.

Chapa Catavento"


Esse texto expressa exatamente o que eu pensei há um tempo, mas que não consegui por em palavras.
=)
Só pq eu tenho um texto bacana pra postar, o blog acusa erro de html.
E eu nem mexo no código diretamente =P

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Irritada demais pra postar tudo o que tinha pra postar.

Só sei que vivo uma ditadura dentro da minha própria casa, em que não posso me expressar ou opinar.
Nada do que faço é satisfatório e nada do que digo é útil ou levado a sério.

Depois ninguém entende porque tenho problemas de expressão, argumento e auto-confiança.