quinta-feira, 14 de julho de 2011

Podia fazer uma postagem comum sobre as férias...sobre como são curtas ou sobre como mal aproveitá-las.
Mas até que 3 semanas já está de bom tamanho. Acostuma-se. Foi-se o tempo do mês todo [e mais um pouco] de férias. Fica para as crianças que estão empinando pipa ou andando de bicicleta na rua até esta hora. 
E não posso reclamar de falta do que fazer...há muito o que fazer e pouco para se ga$tar.

Hoje fui andar pela cidade. Precisava ir ao banco. E dar uma volta...olhar a cidade. A cidade em que vivi por...20 anos. "Vivi". Desde o ensino médio construo minha vida em São Paulo. Ok, pareceu muito tempo. 5 anos.

Andei...observei...pensei.

Sabe aquela sensação de não-pertencimento?
Olho as pessoas. Olho seus olhos. Suas roupas. Seus gestos. Seus acompanhantes.
Penso na minha realidade. Penso no  meu mundinho na faculdade, em São Paulo.

Senti como uma visitante na cidade em que cresci. Era para ser normal?
Em casa tudo bem...estou em casa. Mas sair na rua e ver a evolução (ou regressão) do lugar...

Aí penso naquela palavra mágica..."vínculo".
Excluindo minha família, qual o meu vínculo com este lugar? O que me prende a esse lugar senão minha família?

. . .

Será que isso é bom?

Já não tenho muito contato com amigos de colégio. Estudei 8...10 anos com algumas pessoas. E hoje nem sei o que estão fazendo da vida. Pessoas vem e vão, eu sei. Mas como diria alguém, se não veio atrás ou eu não fui atrás...é porque não fazia questão.
Por outro lado...se eu quiser sair sem ter que ir até São Paulo, não conheço ninguém...nem onde ir.

A ideologia, a cultura, a filosofia, a sociologia...não são compatíveis.
Não que eu esteja insatisfeita. Mas a conclusão é que simplesmente não pertenço.

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