segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

É diferente...

Eu podia muito bem fazer uma postagem sobre minhas férias...uma vez que acabaram-se as aulas o/
Eu podia muito bem fazer uma postagem sobre o Natal, uma vez que faltam uns 10 dias.

Mas eu queria um relato diferente...porque e o que aconteceu hoje me foi diferente.

Estava eu voltando da faculdade [embora as aulas tenham acabado, lá estava eu hoje], quando parei no semáforo da Av. Faria Lima. Civilizada que sou, espero o semáforo de pedestres autorizar que eu atravesse a rua. Loooonga espera. E nesse meio tempo, para uma senhora ao meu lado...e apesar do meu fone no ouvido, ela começa a conversar comigo: "Nossa! Como esse lugar mudou! Fazia tempo que eu não vinha para cá."
Fato...modificaram muito o Largo da Batata por causa das obras do metrô.
Sorri para ela e concordei: "Sim...mudaram muitas coisas."
Logo depois, as pessoas começaram a atravessar a avenida apesar do bonequinho do semáforo ainda estar com aquela cor de alerta. Considerei atravessar, mas carros tornaram-se visíveis e desisti da ideia. E tão logo vi os carros, a senhora recomeçou a falar comigo. Pus a mão no bolso, abaixei o volume da música e tirei um dos fones do ouvido.
Não lembro exatamente o que ela falou, mas lembro de tratar-se de reprovar os indivíduos que atravessavam a rua.
E nada do semáforo dizer que era seguro pisar no asfalto. E de novo veio a oportunidade de atravessar a rua...não tinha carro em direção nenhuma. Olhei para a senhora e, embora concordasse com ela, aparentemente, não iríamos chegar onde queríamos tão logo. Também não lembro o que eu disse, mas falei que ia para o outro lado.
"Ah! Então eu vou com você!"
"Claro que sim!"

E eu me senti bem ao andar na rua com aquela senhora desconhecida, mas me senti melhor ainda quando ela me desejou um "Feliz Natal". Totalmente inesperado. Principalmente porque ainda falta mais de uma semana!
Eu ando desacreditada na data que se aproxima...tenho a sensação que é meramente comercial e capitalista.

Acho que não foi à toa que cruzei com essa senhora hoje...


3 comentários:

Unknown disse...

ai, eu não consigo pensar no capitalismo do natal. pq eu acho lindo. os enfeites, as pessoas desconhecidas falando feliz natal, os onibus falando feliz natal, veja só! mas realmente foi uma experiencia bizarra. e q vale a pena. manda uma carta pra prefeitura! ou seja lá pra quem acende os faróis =]
imaginei vc no seu blusão azul, calça jeans, aquele tenis preto com a listra branca, colocando direitinho uma mão no bolso e a outra segurando o fone hahahaha poxa, q memória hein.

bjos

Camila da Mata disse...

Eu estranho tanto quando eu encontro pessoas em meio as pessoas, sabe?

Fernando disse...

Respondendo à Camila, acima, eu sei o que significa encontrar pessoas entre pessoas. É algo mágico, porque raro. Porque bom!!

E eu também há tempos penso no capitalismo todo do natal, mas me sinto bem ao dar e receber presentes, porque aí se rompe um pouco o capitalismo selvagem: As pessoas se sentem bem trocando objetos envolvidos em afeto, carinho e apego.

É positivo quando todo mundo entra com intenções semelhantes: a de dar e receber, participar, celebrar.

Que bom que você encontrou a senhora!! Encontramos certas pessoas "ao acaso" que nos trazem algo aparentemente de outro mundo, sem, parece, exigirem nada em troca.

Para mim são mais que pessoas: são fenômenos.